Professora universitária; Pesquisadora em áreas urbanas vulneráveis
Será possível falarmos sobre justiça ambiental se os seres humanos, que coabitam o Planeta Terra com milhares de espécies, não compartilham com elas decisões importantes sobre as alterações nos serviços de manutenção da vida neste espaço?
Doutora em Ciências pelo Programa de Pós Graduação em Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar/SP/2012), Ana Flávia assinala que os impactos ambientais negativos promovem desastres que costumamos chamar de 'naturais' – mas que são desencadeados pela ação humana –, como deslizamentos, enchentes, problemas de saúde gerados pela contaminação do ar, água, solo e alimentos, dentre outros. A justiça ambiental discute de que modo estes fenômenos impactam os cidadãos.
Professor universitário; Pesquisador em vegetação da Antártica e mudança climática
Tem graduação em Ciências Biológicas pela FISC, Mestrado em Criptógamas pela Universidade Federal de Pernambuco e Doutorado em Botânica pela UFRGS. É Professor Titular Livre da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), trabalhando com pesquisas em botânica básica e associada às mudanças climáticas globais. Na Antártica estuda a vegetação desde 1986, tendo completado, em 2017, dezoito expedições e mil dias de permanência neste continente em 30 anos de trabalho com este tema. Atua em educação ambiental com estudantes de todos os níveis e com o público em geral. Tem publicado 71 artigos científicos, 18 livros e 8 capítulos de livros.
Coordenador da organização não-governamental Cavalo de Lata
Libertar os animais de tração e gerar novas oportunidades aos catadores. É nesta missão que o engenheiro de produção Jason Duani Vargas trabalha desde 2012, à frente da ONG Cavalo de Lata. Testando protótipos de veículos elétricos em parceria com cooperativas de catadores, a fim de substituir o trabalho animal. Os modelos já criados foram utilizados na Copa do Mundo 2014, no Estádio Beira Rio, em parceria com Cooperativa de Catadores CATAPOA e Coca-Cola. A atuação, porém, vai além da engenharia. A equipe mantém preocupação com a realidade vivenciada pelos catadores e suas famílias. Com o apoio de empresas, buscam novas oportunidades de trabalho para estes cidadãos. Jason acredita que um mundo melhor só se legitimará com a participação efetiva de todos – e a atuação da Cavalo de Lata vai nesta direção. Foi finalista do 5º Prêmio Fecomércio Nacional (2015) e venceu o Prêmio Cidade Pró-Catador (2014).
Pesquisador e criador de abelhas nativas sem ferrão
A criação de 300 colônias de abelhas no pátio de casa é um tanto peculiar e até pode intimidar. Assim é na residência de José Carlos Haas, que falará referindo-se, em especial, aos meliponários – nome dado às colmeias de abelhas sem ferrão. A criação destes insetos nativos iniciou por hobby e levou Zé das Abelhas, como é conhecido, a perceber a importância do resgate destas espécies, que estavam praticamente desaparecendo no Rio Grande do Sul. Desde 2007 já ministrou 20 cursos, atingindo 275 participantes em 37 municípios.O mel produzido pelas abelhas sem ferrão não contém agrotóxicos. Trata-se de um alimento ecologicamente correto, rico em nutrientes e propriedades medicinais. Da experiência com estes insetos, Haas afirma que o principal prêmio, quem tem recebido, é a natureza. “De todos os prêmios, aliás. E isso é o mais importante”, ressalta. Para Zé das Abelhas, trabalhar com meliponários representa muito mais que uma atividade econômica. Contribui com o equilíbrio ambiental.
Coordenadora da Escola de Jovens Rurais da Diocese de Santa Cruz do Sul
A Escola de Jovens Rurais é um projeto em parceria da Comissão Pastoral da Terra e da Cáritas Diocesana, mantido pela Diocese de Santa Cruz do Sul desde 1992. Formou até hoje mais de 900 jovens agricultores. A EJR funciona em alternância ao longo do ano, em cinco etapas de cinco dias cada, formando lideranças jovens em três eixos: pastoral; agroecologia e vida política na perspectiva do associativismo e cooperativismo. A EJR mantém parceria com diocese na Alemanha, e anualmente envia e recebe jovens do meio rural para participar de intercâmbio. Uma das prioridades da EJR tem sido a disseminação de bancos de sementes crioulas nos municípios da Diocese.