Theme: Ilhados?

O poeta inglês John Donne diz que nenhum homem é uma ilha. Já para o escritor português José Saramago todo homem é uma ilha. Talvez as duas afirmações sejam verdadeiras, talvez nenhuma.

Somos e não somos ilha ao mesmo tempo. Uma dualidade inerente à nossa condição humana.
Somos ilha quando nos vemos separados dos outros, cada um em sua terra firme, aterrado sobre suas próprias convicções e certezas. Não somos ilha quando nos vemos conectados, ligados por marés que nos movem e que nos fazem navegar por oceanos de possibilidades.

Estamos juntos e separados. É nas redes que nos conectam que nos vemos afirmando cada vez mais o que nos separa: nossas polaridades. Mas a essência das interações em escala oceânica está justamente em nos encontrarmos nas nossas discordâncias.

Não precisamos ser ilha nem deixar de ser, nos conectar nem nos desconectar, nos deixar cobertos ou nos deixar descobrir. Todas as ilhas são desconhecidas até que alguém as explore. Que compartilhemos absolutamente tudo: o que nos aproxima, o que nos afasta, o que nos assemelha e o que nos diferencia.

Sejamos nossa própria dualidade.

Centro de Inovação ACATE
José Carlos Daux, 4150
Florianópolis, Santa Catarina, 88032-005
Brazil

Cia. de Dança Cacá Berka

Em linha com seu propósito de fazer da dança contemporânea um canal de comunicação, a Cia de Dança Cacá Berka, de Florianópolis, apresentou no palco do TEDXFloripa uma síntese do espetáculo "Ocupando Meu Lugar", em que ilustra com movimentos e expressividade as três Leis do Amor do psicoterapeura alemão Bert Hellinger: Pertencimento, Equilíbrio e Hierarquia. Em sua breve palestra, Cacá conta um pouco do que a levou a descobrir a abordagem sistêmica e a conexão dessa teoria com nossa ancestralidade e humanidade.

Cores de Aidê

Cores de Aidê é uma banda percussiva de samba reggae formada por mulheres diversas que, por meio da música e da dança, evidencia as potencialidades e o protagonismo feminino. A banda é integrada por Aline Martins, Bê Sodrê, Carla Luz, Cauane Maia, Cris Fernandes, Dandara Manoela, Fernanda Jerônimo, Kadza Darboe, Laila Dominique, Nattana Marques e Sarah Massí.

Fabíola da Rocha Borba

CEO da Signa, a primeira plataforma de cursos online para surdos do Brasil que está revolucionando a forma de aprendizagem dessa comunidade. CODA (Child of Deaf Adults), ou seja, filho de pai surdo, já participou com a Signa das acelerações de negócio do Seed MG e do Start-Up Chile. Formada em Administração pela UFSC participou de movimentos como Empresa Júnior e CHOICE.

Fabrício Pamplona

Criativo, multidisciplinar e realizador. Traz na bagagem na área de neurociência e psicofarmacologia. Desde o doutorado, ingressou de cabeça no empreendedorismo, porque acompanha a ruptura das estruturas tradicionais de trabalho e acredita muito em usar a ciência para realizar a transformação da sociedade com ações concretas. Atualmente, lidera o desenvolvimento do primeiro medicamento brasileiro à base de Cannabis, uma área de atuação a qual tem dedicado praticamente toda sua carreira.

Henrique Pistilli

Assim como no mar, Henrique Pistilli encara as mais diversas ondas da vida. Já surfou as 5 maiores e mais perigosas ondas do mundo, sem pranchas, somente com um par de nadadeiras. Ainda pequeno, aos 2 anos, começou a fazer natação e aos 12 iniciou no waterpolo e bodysurf, tornando-se atleta nessas modalidades. Desde 2005, vai todo ano ao Havaí e exterior para se aprofundar na arte do bodysurf. Desenvolveu o estilo de natação submersa denominada “natação peixe”, inspirada nos golfinhos. Iniciou sua carreira de apresentador de TV em 2015 com a série Homem Peixe do Canal OFF.

Joziléia Daniza Kaingang

Há mais de 500 anos, eram os povos indígenas os únicos habitantes da terra que veio a se chamar Brasil, onde hoje vivem de forma segregada, espalhados por "ilhas" de terras indígenas, nem todas devidamente demarcadas. Um desses povos é o kaingang, de onde vem Joziléia Daniza Kaingang, indígena que navega entre sua aldeia original e o mundo acadêmico, onde é doutoranda em Antropologia Social e coordena a Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica, na UFSC. Desse lugar, Joziléia participa dos movimentos pelo direito à terra e pelo reconhecimento do papel da mulher indígena nessa luta.

Leonardo Secchi

Doutor em Ciência Política, Leonardo Secchi é um professor que saiu da sala de aula para experimentar maneiras de quebrar esse isolamento, propondo mandatos compartilhados e novas formas de participação ativa do cidadão na construção de um futuro que pense de um jeito verdadeiramente coletivo.

Lisiane Lemos

Apontada pela Forbes como um dos destaques brasileiros abaixo de 30 anos, Lisiane Lemos é co-fundadora da Rede de Profissionais Negros, coletivo que busca desconstruir barreiras entre profissionais negros e empresas por meio de políticas de diversidade e movimentos sociais. Hoje divide a liderança GT de Igualdade Racial do grupo Mulheres do Brasil e da Rede de Profissionais Negros de São Paulo e participa do grupo Blacks @Microsoft.

Marcos Santos

Marcos Santos é um dos fundadores e CEO da Aquarela Advanced Analytics. Entusiasta de temas como IA, industria Aerospacial, cultura Startup e filosofia. Autodidata, aprendeu eletrônica, programação e empreendedorismo por conta própria na infância, acredita que o conhecimento, a tecnologia e a empatia aliados à criatividade são chaves para um país e mundo melhores.

Mariana Torquato

Nascida sem um antebraço, Mariana teve que sambar para lidar com a atenção gratuita que seu corpo sempre recebeu na rua. Vivendo nesse mundão feito para pessoas sem deficiência, teve que se virar para aprender que a capacidade de transformar a realidade estava na sua própria mão (e bracinho). Em seu canal do YouTube, o "Vai uma Mãozinha Aí", Mariana combate os mitos que transformam deficiência em incapacidade, de forma natural e bem humorada.

Padre Vilson Groh

Vilson Groh, padre brusquense que vive na periferia de Florianópolis, é presidente de um instituto que leva seu nome e trabalha em prol da defesa e garantia de direitos da população empobrecida. Em parceria com outras organizações civis, o Instituto Padre Vilson presta assistência e promove articulação na dimensão social, educacional e financeira.

Pedrão Assis

Já existe hoje pelo menos uma grande Ilha de Plástico no oceano. O que mais será preciso para que o ser humano se dê conta do quanto a má gestão de seus resíduos está destruindo a vida marinha? Se depender de Pedrão Assis e os ativistas do projeto Route isso nunca vai acontecer. Gota a gota, eles têm buscado alertar a sociedade sobre a imensa quantidade de lixo que tem ido parar nos mares. Além de coordenar o projeto com inúmeras ações e mutirões de limpeza, Pedrão luta pela causa ambiental na política com a legitimidade de estar em um segundo mandato na Câmara Municipal de Florianópolis, tendo sido o vereador mais votado da história de Santa Catarina.

Rodrigo Tramonte

Com seu trabalho de cartunista e caricaturista, o artista plástico Rodrigo Tramonte desafia a visão caricaturada das pessoas sobre os autistas. Diagnosticado com Síndrome de Asperger, um nível leve de autismo, sua ferramenta é o humor expresso em diversos trabalhos e nas tiras publicadas em um livro onde compartilha uma visão de mundo e uma realidade do autismo muito mais conectada à essência humana do que se imagina.

Sharlene Melanie

Sharlene Melanie é designer e se descobriu fotógrafa após começar a dar aulas e estudar mais sobre a Fotografia. Posteriormente, fez uma viagem à Índia, onde buscou seu autoconhecimento e melhorou sua percepção, tornando seu olhar fotográfico mais sensível. Hoje vive entre não se definir nem designer, nem fotógrafa, nem professora e tem se tornando uma coisa só, aquela que olha para o mundo e através do seu trabalho compartilha as experiências do que vê.

Trio Ponteio

Por meio de possibilidades sonoras que a gaita ponto, a flauta transversal e o violão podem produzir em conjunto, o trio formado por Marcos Gaiteiro, Eduardo Pimental e Cristian Faig experimenta novas fórmulas para uma música nativista do Sul que conversa com influências regionais e internacionais. Assim, fazem Luiz Gonzaga dialogar com Renato Borghetti, Astor Piazzola e Richard Galliano e levam o público a uma viagem musical que sai do chamamé, passa pela milonga, chacarera, tango e chega até o baião.