Lisboa
x = independently organized TED event

Theme: Elefante na sala

This event occurred on
October 31, 2015
2:00pm - 7:30pm WET
(UTC +0hrs)
Lisboa, Lisboa
Portugal

Um elefante na sala incomoda. Estraga o ambiente e cria tensão. Um elefante na sala faz-se invisível quando, na verdade, todos conseguem descrever, de olhos fechados, a sua posição, cor, tamanho e até ouvir os seus gigantescos passos. De olhos fechados também damos muitos nomes ao elefante: animal selvagem, tabu, mamífero pesado (dos maiores do mundo até), assunto proibido, equívoco, sem importância.

Uma conversa no elevador, no café, no escritório, um comentário supostamente inocente e “puff”, lá aparece ele, a achar-se pequeno e a fazer-se grande.

No TEDxLisboa queremos acabar com os abusos aos elefantes de sala. Eles merecem ser vistos, e acima de tudo, abordados. O elefante polémico, o elefante que envergonha, o elefante complicado e até aquele elefante que, mal é mencionado, divide todas as opiniões, pedem para vir acima.

Não há elefantes grandes demais para o TEDxLisboa 2015. Nesta sala há lugar para qualquer assunto que mereça atenção, por mais polémico que seja ou invisível que pareça.

Aquilo de que não queremos falar no dia a dia chega a ser mais relevante do que os assuntos que facilmente debatemos e analisamos, como se fossem dissertações e teses académicas. Crise, futebol, política, religião, novelas e reality shows têm lugares marcados no café ou no cabeleireiro. E os elefantes?

É muito mais importante aquilo não dizemos do que aquilo que dizemos abertamente e sem constrangimentos. E a razão pela qual não dizemos também não deve ser ignorada.

Há assuntos de que nos custa falar. Há temas que não queremos debater. Há conversas que não gostamos de ter. Há assuntos sobre os quais precisamos discutir.

O elefante na sala é bem-vindo a este espaço e acolhido calorosamente. Quantos vê à sua volta?

Aula Magna
Alameda da Universidade
Lisboa, Lisboa, 1649-004
Portugal
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Speakers

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Caixa de Pandora

A música de Caixa de Pandora começa por suscitar recônditas e tímidas emoções e depois faz-nos viajar. Rui Filipe no piano, Cindy Gonçalves no violino e Sandra Martins no violoncelo. Os membros que integram este Pandórico trio, já com uma sólida relação musical de 10 anos, inspiram e conspiram por entre paisagens cinéfilas e uma sonoridade de estética neoclássica. Caixa de Pandora apresentou-se publicamente em 2013, com diversas atuações em Portugal e no estrangeiro, mas foi um ano depois que definitivamente se afirmou com o lançamento do seu primeiro álbum Teias de Seda, composto totalmente de música original.

António Brito Guterres

António Brito Guterres tem acesso privilegiado a bairros da Área Metropolitana de Lisboa cuja realidade é completamente desconhecida pela maior parte das pessoas. António é membro do DINÂMIA’CET – Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território, grupo em que faz investigação. Com pós-graduação em Estudos Urbanos, na licenciatura em Serviço Social, escreveu uma tese sobre os impactos sociais e culturais das políticas de realojamento. Tem estado envolvido em inúmeros projetos de desenvolvimento territorial que lhe permitem ter uma visão pessoal da realidade do território. Foi, por exemplo, chefe de projeto da Iniciativa Bairros Críticos – Operação Vale da Amoreira e coordenador do Centro de Experimentação Artística deste mesmo bairro. Presentemente, para além do trabalho que continua a desenvolver com várias organizações locais nos bairros e está envolvido na criação de uma série de ficção sobre a diversidade de quotidianos e imaginários da Área Metropolitana de Lisboa.

António Fernandes

Motivado acima de tudo pela inovação, António Fernandes acha que o design deve ajudar-nos a entender e a lidar com a evolução social e tecnológica. O percurso de António Fernandes (MA, MSc, Design London Fellow) passa pela indústria automóvel portuguesa, onde ajudou a desenvolver o primeiro carro desportivo português, o Vinci GT, e por projetos de investigação no domínio da interação gestual desenvolvidos no Royal College of Art e no Imperial College, em Londres. O seu entusiasmo por novas ideias levou-o a trabalhar de perto com várias startups, nomeadamente a Eternum Energy, galardoada com o “Business Plan of the Year Award” do Imperial College Business School, e a Kranium Sports, criadora do primeiro capacete reciclável. António vive e trabalha em Londres como designer industrial e formador no Victoria & Albert Museum. Nos últimos anos, António tem estado imerso na ‘Maker Culture’ londrina e envolvido em vários eventos e conferências focadas na impressão 3D.

Carla Fernandes

Desde bastante jovem que Carla Fernandes sentiu na pele o peso que as diferenças culturais podem ter no relacionamento entre as pessoas. A partir desse momento, o diálogo entre culturas começou a interessá-la. Angola é o país de origem de Carla, mas foi Portugal que a viu crescer. Formou-se em tradução das línguas inglesa e alemã. Através do processo de tradução também se apercebeu de que palavras são mais do que palavras, e que traduzir não é apenas substituir uma palavra por outra. As palavras em diferentes línguas acarretam a história e as estórias que identificam diferentes culturas. Em 2014, Carla criou o audioblogue Rádio AfroLis onde afrodescendentes a viver em Lisboa partilham as suas estórias e falam sobre a sua visão pessoal da cidade.

de Hélder Costa

Quando personagens marcantes da história da humanidade se encontram é inevitável que haja um confronto de ideias. Libertando-se do peso de uma peça de teatro, os “Encontros Imaginários” são uma tertúlia com personagens que se sentam à conversa sobre temas diversos, tentando provocar o interesse e o prazer do público. Criados em 2011 pelo dramaturgo e encenador Hélder Costa, os “Encontros Imaginários” começaram por ser uma experiência intimista no teatro “A Barraca”, em Lisboa, mas ganharam uma rápida adesão do público e da sociedade civil, acontecendo já noutros locais, como Madrid ou Barcelona. Uma das particularidades destes encontros, que já por si são insólitos, é o facto de as personagens serem interpretadas por figuras públicas que na maior parte das vezes não são atores. Para o autor, os “Encontros Imaginários” não são apenas divertidos, são uma resposta sã e generosa, com afetividade e sem afetação, de uma sociedade civil que está à procura de um novo espírito coletivo.

Gonçalo Lopes

Ao longo de todo o seu percurso, Gonçalo Lopes usou a flexibilidade dos sistemas computacionais para tornar ideias em realidade. Em 2010, abraçou a oportunidade de estudar o cérebro no Programa de Neurociências da Fundação Champalimaud, onde trabalha com Adam Kampff e Joe Paton para tentar compreender como o cérebro constrói um modelo do mundo à nossa volta. Para o ajudar a fazer experiências em neurociência, Gonçalo começou a desenvolver com ajuda de mais alguns investigadores a sua própria plataforma computacional de experimentação, chamada Bonsai. Para Gonçalo, que decidiu que o Bonsai seria open-source e acessível a todos, um dos maiores valores da plataforma é que permite, a pessoas que nunca souberam programar, criar sistemas computacionais à sua medida e pô-los a trabalhar a seu favor.

Hélio Rasteiro

Hélio Rasteiro, que ganhou o prémio Marinha de melhor dissertação de mestrado sobre o mar, acha que o planeamento é essencial na política e na estratégia. Hélio completou o mestrado em Estratégia no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (da Universidade de Lisboa) com uma tese sobre a “Estratégia Nacional para o Mar 2006-2016”. Ao longo do seu percurso, foi-se apercebendo que apesar da relação histórica que Portugal tem com o mar, os portugueses vivem na prática desligados dele. Depois de passar algumas semanas a bordo de um veleiro, o mar deixou de ser apenas um interesse profissional e passou a fazer parte da sua vida. Desde então Hélio tem estado envolvido em várias atividades relacionadas com o mar, desde a formação à inserção social, e tem vindo a questionar o que é afinal uma nação marítima.

Jorge Wemans

Há mais de três décadas mergulhado no mundo dos media, uma das grandes preocupações de Jorge Wemans é a distância que separa o interesse público do interesse do público. Jorge acredita que os públicos continuam a existir e podem ter intervenção significativa sobre os media a que se sentem ligados. Jorge Wemans trabalhou muitos anos na imprensa, depois esteve em gabinetes de comunicação, deu aulas de deontologia e acabou na programação televisiva. Pelo meio ainda coeditou alguns livros, mas nunca se deixou tentar pela ficção. No fim do milénio passado teve um papel importante na introdução do microcrédito em Portugal. Para Jorge, mais importante que tudo isto é que é casado, pai de três filhos e avô de três netos. Apesar da já longa e variada experiência de vida, Jorge Wemans é capaz de admitir que se tem enganado, nem sempre acerta e nem sempre convence quem o escuta. Para Jorge, é essencial continuar disponível para ser surpreendido pela realidade.

Luís Franco-Bastos

O humor de observação e desconstrução é uma das chaves para o sucesso de Luís Franco-Bastos, humorista, imitador, ator e locutor. Foi ator residente de “À Lei da Bola” no Sapo Vídeos. Em televisão fez “Os Contemporâneos” e “Viver é Fácil” na RTP1, e com Herman José e Maria Rueff participou em “Vamos à Bola ou Quê?” na RTP1 e a “A Copa é Nossa” no Canal Q/A Bola TV. Já teve três espetáculos a solo, “Papel Químico” (2009) e “Imposto Sobre o Humor Acrescentado” (2012) e, mais recentemente, ”Roubo de Identidade” (2014 e 2015), que deu origem a um DVD. Nele estão reunidas as suas principais personagens, sobre as quais incide o seu humor de observação e desconstrução. A esta vertente junta-se o lado mais pessoal do passado recente – viagens, experiências na estrada pelo país com outros humoristas, situações e histórias. Faz regularmente locuções publicitárias e colabora em eventos corporate. Atualmente, podemos ouvi-lo na rubrica “Só que Não” n’A Tarde da Mega Hits.

Paulo Torcato

Desde muito cedo na sua carreira de professor que Paulo Torcato se apercebeu da diversidade existente em cada turma e da necessidade de adequar o método de ensino a cada caso. Em 2009 Paulo iniciou, na Escola Secundária da Portela, as atividades do núcleo de Robótica – “O Robot Ajuda!” – utilizando robótica educativa como nova estratégia de aprendizagem. Este projecto obteve o 2.º lugar na categoria de “Inovação Pedagógica” nos Prémios Reconhecimento à Educação 2010/2011. Em 2013, “O Robot Ajuda!” foi um dos vencedores do “Prémio Escolar Montepio 2013” pelo seu impacto nos resultados escolares do 3.º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide. Posteriormente o projeto foi alargado ao Curso Vocacional do 3.º ciclo com o objetivo de motivar, aumentar a autoestima e contribuir para o sucesso educativo de alunos que contam já com várias retenções no seu percurso escolar.

Raquel Oliveira

Para Raquel Oliveira, tal como para qualquer outro ser humano, não há tecnologia mais importante, sofisticada e omnipresente do que o corpo. Raquel cresceu e descobriu o mundo através da dança. Iniciou a sua formação em Dança Clássica e Dança Moderna em 1983 e a Licenciatura em Dança em 1991. A necessidade de conhecer mais formas de dançar levou-a a um estágio na Danshögskolan de Estocolmo. Iniciou a vida profissional como bailarina em 1996 e abriu a sua própria escola em 2007. Foi no entanto através do Yoga, que pratica com Judite Duarte desde 2008, que Raquel atingiu outro patamar de entendimento de si própria e da sua relação com o corpo. Com nova motivação, Raquel concluiu o Mestrado em Dança e iniciou na Faculdade de Motricidade Humana um dos primeiros doutoramentos práticos em dança do país. Foi a partir desta investigação que nasceu o seu novo espectáculo: um encontro entre a dança e o yoga que questiona a relação que temos com o nosso corpo e com o mundo que nos rodeia.

Tó Romano

Tó Romano acredita que a beleza pode ter um poder de transformação de que poucos suspeitam. Nascido em Lisboa e formado em Arquitetura em Belas Artes no início dos anos 80, Tó Romano ganhou reconhecimento pelo trajeto que fez na moda e que o levou a ser um dos primeiros modelos portugueses a trabalhar internacionalmente. Em 1989 fundou com a sua mulher Mi Romano a agência de modelos Central Models, que ainda hoje ambos dirigem e cujos modelos têm cada vez mais sucesso a nível mundial. Mas não é só a moda que faz mover Tó Romano. Desde há algum tempo, o futuro do mundo e em particular de Portugal preocupa-o, mas também o deixa a sonhar.

Organizing team

Cristina
Marques da Silva

Lisboa, Portugal
Organizer

Joao
Brazao

Lisbon, Portugal
Co-organizer
  • Pedro Varela
    Curation